terça-feira, 1 de setembro de 2009

Escrevendo uma nova historia trilhada pelas estrelas...

Este espaço é seu!

Todos os dias lutamos para viver,para buscar o nosso lugar ao sol,para sobrevivermos!É acordar cedo,ônibus lotados,cara feia do patrão,cabelo na comida rsrsrsr briguinhas fúteis com o colega de trabalho que quer puxar o nosso tapete,contas...contas e mais contas!Nós mulheres então... a nossa luta é dobrada!Se somos lésbicas...é guerra!Enfrentar o preconceito da sociedade,dos amigos e muitas vezes da nossa própria família.São tantos questionamentos,tantas dúvidas e não temos espaços para debatermos com pessoas que nos entendam e passem pelas mesmas dificuldades que enfrentamos.Pronto!A busca já acabou!Estamos criando este espaço para que coletivamente possamos encontrar soluções para os nossos conflitos sejam eles pessoais ou sociais.Vamos discutir política,militância,dicas da saúde da mulher,grupos de estudos com várias temáticas como:Sexualidade,Gêneros,Família,Políticas públicas e entre outros temas que poderemos sugerir.Queremos montar discussões com ajuda de TODAS!Participem,este é o começo de uma luta com seriedade e abençoada pela beleza das ESTRELAS!
..." O fato de estarmos aqui (...) é o triunfo de muitas mulheres que nos antecederam: as visionárias, as bruxas, as sufragistas, as feministas e, sem dúvida, as poetas. Porque esta realidade foi utopia, como é utopia o que falta conquistar." (Maria Guerra)
Para iniciarmos a nossa discussão, vamos falar sobre o 8 de março, dia tão importante para nós mulheres.Não queremos rosas nem chocolates,queremos sim o reconhecimento da sociedade como fatores de mudanças positivas.Não queremos mais viver presas as amarras patriarcais.Queremos nos expressar,queremos mostrar que existimos e temos direitos!Somos mulheres na luta pelo que é nosso, pelo que temos direito!

História de 8 de Março – Dia Internacional Das Mulheres

O Dia da Mulher nasceu das mulheres socialistas Quando começou a ser comemorado o Dia Internacional da Mulher? Quando começou a luta das mulheres por sua libertação? Qual é a influência do movimento socialista na luta das mulheres? E o 8 de Março, como nasceu? A data teve origem a partir do quê? Onde?
A origem do mito da greve de 1857
O que estamos acostumados a ler nos boletins de convocação do Dia da Mulher é a história de uma greve, que aconteceu em Nova Iorque, em 1857, na qual 129 operárias morreram depois de os patrões terem incendiado a fábrica ocupada. A primeira menção a esta greve aparece no jornal do Partido Comunista Francês, na véspera do 8 de Março de 55. Mas a fixação da data devido a greve aparece num boletim, em Berlim, na então Alemanha Oriental, da Federação Internacional Democrática das Mulheres. O boletim é de 1966. O artigo fala rapidamente, em três linhas, do incêndio que teria ocorrido em 8 de março de 1857 e depois diz que em 1910, durante a 2ª Conferência da Mulher Socialista, a dirigente do Partido Socialdemocrata Alemão, Clara Zetkin, em lembrança à data da greve das tecelãs americanas, 53 anos antes, propôs o 8 de Março como data do Dia Internacional da Mulher.
O jornal do PCF, L´Humanité, não fala das 129 mulheres que teriam morrido queimadas. Esta história teve origens, provavelmente, em dois fatos ocorridos na mesma cidade de Nova Iorque, 50 anos depois da suposta greve. O primeiro foi uma longa greve de costureiras que durou de 22 de novembro de 1909 a 15 de fevereiro de 1910.
O segundo foi um dos tantos acidentes de trabalho, ocorridos no começo do século XX. Aconteceu na mesma cidade da greve das costureiras, em 1911. Nesse episódio, em 25 de março, foi registrada a morte, durante um incêndio, causado pela falta de segurança nas péssimas instalações de uma fábrica têxtil, de 146 pessoas, na maioria mulheres. As portas da fábrica estavam fechadas, como de costume, para que as operárias não se dispersassem na hora do almoço. Esse incêndio foi, evidentemente, descrito pelos jornais socialistas, numerosos nos EUA naqueles anos, como um crime cometido pelos patrões, pelo capitalismo. A fábrica pegando fogo, com dezenas de operárias se jogando do oitavo andar, em chamas, nos dá a pista do nascimento do mito daquela greve de 1857, na qual teriam morrido 129 operárias num incêndio provocado propositadamente pelos patrões.
E como se chegou a criar toda a história de 1857? Por que aquele ano? Por que nos EUA? A explicação, provavelmente, é a combinação de casualidades, sem plano diabólico pré-estabelecido. Assim como nascem todos os mitos. A canadense Renée Côté pesquisou, durante dez anos, em todos os arquivos da Europa, EUA e Canadá e não encontrou nenhuma traça da greve de 1857. Nem nos jornais da grande imprensa da época, nem em qualquer outra fonte de memórias das lutas operárias.
Ela afirma e reafirma que essa greve nunca existiu. É um mito criado a partir da confusão entre a greve de 1910, nos EUA; a de 1917, na Rússia e o incêndio de 1911, em Nova Iorque.
Pouco a pouco, o mito dessa greve das 129 operárias queimadas vivas se firmou e apagou da memória histórica das mulheres e dos homens outras datas reais de greves e congressos socialistas que determinaram o Dia das Mulheres, sua data de comemoração e seu caráter
Já em 1970, o mito das mulheres queimadas vivas estava firmado. Rapidamente foi feita a síntese de uma greve que nunca existiu, a de 1857, com as outras duas, de costureiras, que ocorreram em 1910 e 1911, em Nova Iorque. Nesse ano de 1970, com centenas de milhares de mulheres americanas participando de enormes manifestações contra a guerra do Vietnã e com um forte movimento feminista, em Baltimore, EUA, é publicado o boletim, Mulheres-Jornal da Libertação. Neste já se reafirmava e se consolidava a versão do mito de 1857.
Mas essa confusão não foi aceita tranqüilamente, na França, por todas e todos. O boletim nº 0, de 8 de março de 1977, História d ’Elas, publicado em Paris, alerta para esta mistura de datas e diz que, em longas pesquisas, nada se encontrou sobre a famosa greve de Nova Iorque, em 1857. Mas o alerta não teve eco. Dolores Farias, no seu artigo no Brasil de Fato, nº 2, nos lembra que, em 1975, a ONU declarou a década de 75 a 85 como a década da mulher e reconheceu o 8 de março como o seu dia. Logo após, em 1977, a Unesco reconhece oficialmente este dia como o Dia da Mulher, em homenagem às 129 operárias queimadas vivas. No ano de 1978, o prefeito de Nova Iorque, na resolução nº 14, de 24/1, reafirma o 8 de março como Dia Internacional da Mulher, a ser comemorado oficialmente na cidade de Nova Iorque. Na resolução, cita expressamente a greve das operárias de 1857, por aumento de salário e por 12 horas de trabalho diário, e mistura esta greve fictícia com uma greve real que começou em 22/11/1909. O mito estava fixado, firmado e consolidado. Agora era só repeti-lo.
Por que a Cor Lilás?
A partir de 1980, o mundo todo contará esta história acreditando ser verdadeira. Aparecerá até um pano de cor lilás, que as mulheres estariam tecendo antes da greve. Daquela greve que não existiu. A mitologia nasce assim. Cada contador acrescenta um pouquinho. “Quem conta um conto aumenta um ponto”, diz nosso ditado.
Por que não vermelho? Porque vermelhas eram as bandeiras das mulheres da Internacional. Vermelhas eram as bandeiras de Clara Zetkin, Rosa Luxemburgo e Alexandra Kollontai, delegadas dos seus partidos, à 1ª Conferência das Mulheres Socialistas, em 1907; e da segunda, na Dinamarca, em 1910. Nesta Conferência foi decidido que as delegadas, nos seus países, deveriam comemorar o Dia da Mulher Socialista.
A origem da cor lilás está na retomada do feminismo, nos anos 60. O vermelho estava muito ligado aos Partidos Comunistas do Bloco Soviético que, na verdade, já tinham muito pouco de socialismo, ou de comunismo. Além disso, historicamente, vários desses partidos, pouco apoio haviam dado às lutas específicas das mulheres.
A expressão “Libertação da Mulher” não era própria destes partidos. Neles, a luta da mulher era vista quase só com o objetivo de integrá-la à luta de classes. A luta feminista, para muitos comunistas, só atrapalhava a luta geral do proletariado. Tirava forças da luta principal.
Foi nesse clima que, nas décadas de 60 e 70, a luta feminista foi retomada, num processo de auto-organização das mulheres. No movimento feminista havia uma forte crítica à prática da maioria dos partidos e sindicatos. Muitos movimentos se organizaram de forma autônoma, lutando para garantir sua independência. Assim, foi adotada a cor roxa, como uma nova síntese entre as cores azul e rosa. O vermelho das bandeiras das mulheres da Internacional ficou esquecido.
O roxo já havia ensaiado seus primeiros passos entre os anos 1914 e 1918, na Inglaterra, pelas mulheres sufragistas. Ele, que historicamente representava a cor da nobreza, e, consequentemente, a nobreza da alma feminina. Naqueles mesmos anos, as bandeiras desfraldadas pelas mulheres socialistas e comunistas eram vermelhas. Hoje, a nova cor, o roxo, abrange tanto a luta das mulheres socialistas quanto a daquelas que se opõem exclusivamente ao jugo do machismo. Dentre estas últimas estão mulheres trabalhadoras e outras pertencentes à classe burguesa que, obviamente, rejeitam o socialismo como programa político.

Fonte: Instituto Zequinha Barreto


Então meninas, contamos com todas para começarmos a nossa luta!Não precisa colocar o rosto na rua, mas contribua com os seus conhecimentos e com sua força de vontade para lutar por um mundo melhor. A nossa luta é contra a desigualdade, o racismo, as “fobias” e qualquer tipo de preconceito. A mudança depende de nós.

CONTATO: oqueelaspensam@gmail.com

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